segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Entorse de tornozelo.



Causas:
Os ligamentos da articulação do tornozelo podem sofrer uma distensão ou mesmo uma ruptura em consequência de uma torção do pé, com ou sem aplicação de força externa. Tais lesões ocorrem frequentemente durante as atividades esportivas, sendo as lesões agudas do tornozelo as mais frequentes nesse caso. Elas perfazem aproximadamente 15 a 20% das lesões esportivas. Esportes que envolvem mudanças de direção rápidas e frequentes, saltos e contato com os jogadores adversários representam um maior risco para as estruturas ligamentares do tornozelo. Os esportes com uma incidência particularmente alta de lesões agudas do tornozelo são futebol, basquete e vôlei.
O risco de uma nova lesão do tornozelo é alto, principalmente para os atletas. Aproximadamente um terço dos pacientes sofrem outra lesão do tornozelo em um período de três anos; entre atletas, este número sobe para 73% dos casos. Muitos pacientes também se queixam mais tarde de uma certa falta de firmeza do tornozelo, dor ao andar e correr, inchaço leve e uma ligeira instabilidade da articulação do tornozelo.
Tipo de lesão ligamentar:
85% das lesões do sistema ligamentar do tornozelo superior afetam os ligamentos laterais, sendo que o ligamento lateral anterior é o mais frequentemente atingido. Também podem ocorrer lesões do tornozelo inferior. Enquanto que as lesões isoladas do tornozelo inferior são raras, as estimativas indicam que dez por cento dos pacientes com instabilidade lateral crônica do tornozelo superior também sofrem de instabilidade do tornozelo inferior.
Gravidade da lesão e sintomas:
As lesões ligamentares do tornozelo são classificadas em três graus de gravidade:
Grau I (leve):
Estiramento ligamentar sem ruptura macroscópica, inchaço leve e/ou sensibilidade das estruturas afetadas. Perda mínima da função ou sem perda, geralmente sem hemorragia, sem instabilidade mecânica do tornozelo, sem problemas para suportar carga.
Grau II (moderado):
Ruptura macroscópica parcial com dor, inchaço e sensibilidade moderados das estruturas afetadas. Prejuízo funcional de leve a moderado, instabilidade do tornozelo de leve a moderada, frequentemente há hemorragias e problemas para suportar carga.
Grau III (grave):
Ruptura ligamentar total com inchaço, hematoma e dor pronunciados. Perda da função do tornozelo, bem como movimentos anormais e instabilidade do tornozelo pronunciados, hemorragia e incapacidade de suportar carga.
Diagnóstico:
Primeiro, o médico examina o pé quanto a limitações do movimento, desenvolvimento de calor, inchaço, vermelhidão, ossos protuberantes, etc. Na consulta, são esclarecidas as circunstâncias que levaram à lesão, bem como a localização da dor e se havia qualquer lesão ou doença prévia nessa região. Conforme os achados, são efetuados outros exames como raios X ou TRM.
Tratamentos:
O tratamento através da mobilização funcional precoce estabeleceu-se como o padrão atual com a aplicação do método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação) imediatamente após a lesão. Exercícios leves sem suporte de carga podem ser iniciados já após 48 a 72 horas, a fim de restaurar a amplitude de movimento e a força muscular. Após a redução do inchaço, a articulação do tornozelo é estabilizada com uma órtese e o suporte de carga é restabelecido gradativamente ao longo de duas a quatro semanas.
Além disso, um treinamento sensório-motor concomitante é desejável, devendo ser iniciado o mais cedo possível – geralmente após três a quatro semanas.
Em todos os casos é necessário certo período de repouso, com uso de gelo e compressas. A reabilitação se faz necessária, principalmente nos casos de nível três, cujos exercícios de reabilitação podem envolver movimentos ativos dentro da amplitude de movimento ou movimentos controlados da articulação do tornozelo, sem resistência. Exercícios na água podem ser usados, caso os exercícios de fortalecimento em solo, sejam muito dolorosos. Exercícios de membros inferiores e atividades de endurance são adicionados como tolerado. Propriocepção é muito importante, pois a falta dela é uma das principais causas de repetição da entorse e uma articulação do tornozelo instável. Uma vez que dor cessar, outros exercícios podem ser adicionados, tais como exercícios de agilidade. O objetivo é aumentar a força e amplitude de movimento, com o tempo o equilíbrio melhora.
Fonte:http://www.ottobock.com.br/%C3%B3rteses/imagens-cl%C3%ADnicas-e-sintomas/lez%C3%B5es-do-tornozelo/

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