Muitas vezes ouvimos comentários de atletas, que a dor faz parte do treinamento e para ganhar performance ou melhorar desempenho, é necessário ter dor. Desculpem-me os menos informados, mas é simplesmente um absurdo este tipo de comentário.
A dor, é a única forma que o corpo tem de se comunicar e mostrar que algo não está bem e que é necessário compreender as causas e tratá-las de maneira adequada.
As conquistas em nossas vidas, tanto no aspecto profissional, como esportista, devem ser adquiridas de forma progressiva, pois temos etapas a serem cumpridas e servirão de base para o próximo momento de treinamento. Se você pulou etapas, está correndo o risco de não alcançar seus objetivos, expondo seu corpo aos limites de sobrecarga e consequentemente à lesões.
Não confundam o sacrifício e a luta de alcançar suas metas, como vencer o cansaço, alimentar-se sem as guloseimas, privar-se de alguns eventos sociais com o fato de ter que sentir dor para demonstrar empenho.
O tratamento da dor é complexo, e requer esforço multidisciplinar, baseado em múltiplos enfoques do conhecimento humano.
A abordagem da dor crônica é absolutamente individualizada, cada dor é a “dor de uma pessoa”, com a sua história, sua origem, seu contexto e seu momento. A dor é subjetiva, mas não é abstrata. Ela é sentida por alguém que precisa ser compreendido e respeitado, e que na maioria das vezes, encontra-se com medo de sua realidade: não entende por que tem dor, teme a causa da dor, teme sua doença, seu tratamento, seu prognóstico, e a própria perspectiva de sentir (ou não) sua dor. Teme a perspectiva de experimentar uma nova (e pior) dor a cada momento, e que talvez não tenha controle.
Fonte: http://fisioterapiamanual.com.br/fisioterapia-esportiva/a-sensacao-da-dor-no-treinamento/
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